do tratado da reforma da inteligência

"tudo o que acontece na vida ordinária é vão e fútil ....As coisas que mais frequentemente ocorrem na vida, estimadas como o supremo bem pelos homens, a julgar pelo que eles praticam, reduzem-se, efetivamente, a estas três, a saber, a riqueza, as honras e o prazer dos sentidos. Com estas três coisas a mente se distrai de tal maneira que muito pouco pode cogitar de qualquer outro bem. ... Assim, parecia claro que todos esses males provinham disto – que toda felicidade ou infelicidade reside numa só coisa, a saber, na qualidade do objeto ao qual nos prendemos pelo amor. De fato, nunca surgem disputas por coisas que não se ama; nem há qualquer tristeza se as perdemos; nem inveja, se outros a possuem;nenhum ódio e, para dizer tudo numa palavra, nenhuma pertubação da alma (animus). Ao contrário, tudo isso acontece quando amamos coisas que podem perecer, como são aquelas que acabamos de falar. Mas o amor das coisas eternas e infinitas nutre a alma de puro gozo, isento de qualquer tristeza..."

sábado, 23 de janeiro de 2010

terminado em 22/01/2010







ao findar do dia

torno à minha casa

mas que retorno pode haver

se o que torna não é o mesmo que parte

se aquilo que fica

e te acolhe no fim da trilha

já não é senão o duplo do que deixaste




Um comentário:

  1. o que acho bacana nos teus poemas é o fato de manteres uma simplicidade a despeito de tua bagagem bibliográfica; digo, poderias ser um erudito com facilidade, mas abraças um "fazer poético" tão despretencioso.

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