do tratado da reforma da inteligência

"tudo o que acontece na vida ordinária é vão e fútil ....As coisas que mais frequentemente ocorrem na vida, estimadas como o supremo bem pelos homens, a julgar pelo que eles praticam, reduzem-se, efetivamente, a estas três, a saber, a riqueza, as honras e o prazer dos sentidos. Com estas três coisas a mente se distrai de tal maneira que muito pouco pode cogitar de qualquer outro bem. ... Assim, parecia claro que todos esses males provinham disto – que toda felicidade ou infelicidade reside numa só coisa, a saber, na qualidade do objeto ao qual nos prendemos pelo amor. De fato, nunca surgem disputas por coisas que não se ama; nem há qualquer tristeza se as perdemos; nem inveja, se outros a possuem;nenhum ódio e, para dizer tudo numa palavra, nenhuma pertubação da alma (animus). Ao contrário, tudo isso acontece quando amamos coisas que podem perecer, como são aquelas que acabamos de falar. Mas o amor das coisas eternas e infinitas nutre a alma de puro gozo, isento de qualquer tristeza..."

sábado, 12 de julho de 2008

algo de sentimento mal-quebrado

meio mar meio sal

extemporâneos de visgo verde musgo

cancelizam-se

dentro ao tempo

fazem-se e permitem-se ser

algo

mesmo que malbaratada vida

algo contrito de tanto conhecer-se

atônito de tanto te querer

rastro incerto na água do prende-musgo

pedra mesmo que feita de incerteza (esquecida) pedra é

e no torvelinho do desespanto

a lua come horas cansadas de arrependimento

brando e branco feito olhos que se desreinventam no

[fim do jogo

e contudo

indaalgo de sol



solinho


a querer se acordar por sobre o mar