do tratado da reforma da inteligência

"tudo o que acontece na vida ordinária é vão e fútil ....As coisas que mais frequentemente ocorrem na vida, estimadas como o supremo bem pelos homens, a julgar pelo que eles praticam, reduzem-se, efetivamente, a estas três, a saber, a riqueza, as honras e o prazer dos sentidos. Com estas três coisas a mente se distrai de tal maneira que muito pouco pode cogitar de qualquer outro bem. ... Assim, parecia claro que todos esses males provinham disto – que toda felicidade ou infelicidade reside numa só coisa, a saber, na qualidade do objeto ao qual nos prendemos pelo amor. De fato, nunca surgem disputas por coisas que não se ama; nem há qualquer tristeza se as perdemos; nem inveja, se outros a possuem;nenhum ódio e, para dizer tudo numa palavra, nenhuma pertubação da alma (animus). Ao contrário, tudo isso acontece quando amamos coisas que podem perecer, como são aquelas que acabamos de falar. Mas o amor das coisas eternas e infinitas nutre a alma de puro gozo, isento de qualquer tristeza..."

sexta-feira, 4 de abril de 2008



(foto: gaia companhia de dança)



não perdôo certos refinasensos

umas nostalgias canhestras

disfarces guardados atrás das portas


não tolero enfarsantes corações

as frias mãos trêmulas antes do tapa

calabeiços devorantes

nuvens escuras mergulhadas em desculpas



não me estendo na ausência de fibra

na oculta homisfera do aperto na jugumar

na voz em tempestura surda



afundassombras

desassossegos



invento meus limites

meu cabimento



ilusório


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