do abismo da desordem
como a água que é outra a cada instante
assim trago os sentimentos
tenho somente meia razão
e está tudo tão quieto que
mesmo o morto ao lado quebraria
se o tédio faz parte de uma vida
de sentimentos honestos
os homens de boa-vontade
têm um ar magoado
um silêncio de multidão
e a necessidade de poder contar a sua história
porque estar também é dar
e o corpo guarda a solidão do espírito
no impasse do si mesmo
uma solidão árida e grande
a derrocada de um mundo
vista da pequena altura de gente
os males secretos dormem de dia
como baratas invisíveis
que sobem pelos ralos
enquanto a gente sonha
nossa,saudade de te ler...
ResponderExcluirBom é poder sonhar com poema assim,capaz de iluminar os ralos...
ResponderExcluir* Gosto muito de te ler;Vou passar na palavraria , ah , agora tenho pressa...
** ( Lembra que o Renato falou que nossos "poemas eram gêmeos)??!! hum, acho que não;às vezes, quando te leio, reconheço o choro de palavras familiares...
Bjo e parabéns pelo Livro!