Hoje cheguei num bar da cidade, em uma atmosfera pessoal um tanto lúgubre. Tudo, tudo o que estava ao meu redor era muito, muito melhor do que eu em qualquer momento da minha vida poderia ser. Bebi algumas. O que poderia ter contribuído para que o lúgubre vingasse inda mais. Mas por vezes trazemos o livro certo, abri, e li um monte de considerações quanto a impossibilidade de entender a rede de causalidades que nos cinge. Passei de um estado de total desconcerto frente à realidade para um sentimento de gostoso de estar contente em poder com-templar (quem sabe possamos dizer, ser contemporâneo de) tudo, tudo o que somos e vemos neste momento.
O que nos diz Chopra; creio de um modo preciso: "Quando você atua a partir dessa referência interior, o seu senso do eu está claro e não é afetado por fatores externos. Essa é a origem do poder pessoal. Quando os fatores externos deixam de influenciar o seu senso do eu, você se torna imune às críticas e aos elogios. Você também entende que somos todos iguais, por estarmos ligados ao mesmo fluxo de inteligência consciente. Isso significa que você compreende que enquanto passa pela vida, não é inferior nem superior a ninguém. Não precisa implorar ou convencer ninguém de nada porque não precisa convencer a si mesmo."
Portanto mantenhamo-nos fíéis a nós mesmos, sempre, e sejamos felizes o quanto possamos, mesmo nos momentos de baixa. Pois de resto, mesmo aqui, nos confins da nossa rede de causalidades, presente, sempre há a probabilidade de um entrechoque com um momento, um naco, de felicidade, muitas vezes basta persistir um pouco mais, dar duas ou três braçadas, flutuar, e esperar que a próxima onda vença o repuxo, e possamos novamente, já na praia, respirar com um pouco mais de tranquilidade.
Sobre Spinoza:
ResponderExcluirtristeza é mãe de tudo
sobre bar e contemporaniedade:
sugiro o conto "Quem são meus conteporaneos" de Euardo galeano
livro dos abraços
sempre bom conhecer mais poesia gostei de passar aqui