em meio
ao rumorejo do desejo
gentes
que a gente toca
vejo
e
por ora
me fixo no perseverante percevejo
que percebo sobre a mesa lindeira
lindeira aos liames do que almejo
lindeira aos lindos olhos em que me vejo
agora só
resta saber como te amar
te amar sem te querer
e como escapar
ao destino de me comportar só
aqui
lindeiro a ti ?
do tratado da reforma da inteligência
"tudo o que acontece na vida ordinária é vão e fútil ....As coisas que mais frequentemente ocorrem na vida, estimadas como o supremo bem pelos homens, a julgar pelo que eles praticam, reduzem-se, efetivamente, a estas três, a saber, a riqueza, as honras e o prazer dos sentidos. Com estas três coisas a mente se distrai de tal maneira que muito pouco pode cogitar de qualquer outro bem. ... Assim, parecia claro que todos esses males provinham disto – que toda felicidade ou infelicidade reside numa só coisa, a saber, na qualidade do objeto ao qual nos prendemos pelo amor. De fato, nunca surgem disputas por coisas que não se ama; nem há qualquer tristeza se as perdemos; nem inveja, se outros a possuem;nenhum ódio e, para dizer tudo numa palavra, nenhuma pertubação da alma (animus). Ao contrário, tudo isso acontece quando amamos coisas que podem perecer, como são aquelas que acabamos de falar. Mas o amor das coisas eternas e infinitas nutre a alma de puro gozo, isento de qualquer tristeza..."
domingo, 11 de maio de 2008
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diferente dos teus últimos poemas do blog, esse está bem próximo daquele estilo poético que tu mostravas na Oficina.
ResponderExcluirOi Jaime,gostei muito deste teu poema."Difícil escapar do destino"...vou visitar o blog mais vezes,está muito bonito.Parabéns!!!Beijo,angela
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