do tratado da reforma da inteligência

"tudo o que acontece na vida ordinária é vão e fútil ....As coisas que mais frequentemente ocorrem na vida, estimadas como o supremo bem pelos homens, a julgar pelo que eles praticam, reduzem-se, efetivamente, a estas três, a saber, a riqueza, as honras e o prazer dos sentidos. Com estas três coisas a mente se distrai de tal maneira que muito pouco pode cogitar de qualquer outro bem. ... Assim, parecia claro que todos esses males provinham disto – que toda felicidade ou infelicidade reside numa só coisa, a saber, na qualidade do objeto ao qual nos prendemos pelo amor. De fato, nunca surgem disputas por coisas que não se ama; nem há qualquer tristeza se as perdemos; nem inveja, se outros a possuem;nenhum ódio e, para dizer tudo numa palavra, nenhuma pertubação da alma (animus). Ao contrário, tudo isso acontece quando amamos coisas que podem perecer, como são aquelas que acabamos de falar. Mas o amor das coisas eternas e infinitas nutre a alma de puro gozo, isento de qualquer tristeza..."

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008


o branco do coelho

ainda pertencia ao preto e branco

do lugar


sem sucumbir


muitos

muitos meios tons pestanejavam durante o intervalo


íris

a produtora

por certo

havia feito presente

[amarelos

azuis

verdes e vermelhos

mas se lhes esqueceram em algum lugar]


e

bem ao centro de tudo

bem ali

onde todos iam bater os olhos

restava

a cartola

que esquecera o mágico em casa

e convertera-se

por fim

em atração principal

ela

que por dentro ao preto das coisas

que ficam à superfície do tempo

apavorava

produzia espantos

sempre propondo a alguém do público

profundo mergulho

no seu espaço sem fundo

agora

sem a cabeça

mágica do mágico

esquecido



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